Canil Rio Bonito

Canil especializado na criação das seguintes raças: Lhasa Apso, Shih-Tzu, Yorkshire Terrier, Maltês, Poodle, Schnauzer Miniatura, Spitz Alemão ou Lulu da Pomerânia, Buldogue Francês, Beagle, Teckel ou Dachshund,  Terrier Brasileiro ou Fox Paulistinha , Sharpei e Cocker Spaniel Inglês

Vendas e reservas de filhotes

 

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O diário de um Lhasa

O Diário de um Lhasa Apso


“No início havia apenas um calorzinho gostoso e comida quando eu sentia fome. Aos poucos comecei a perceber sons e a notar formas ao meu redor, além de MAMÃE.

Agora sei que são meus irmãozinhos e algumas vezes brincamos juntos, mas logo ficamos cansados, e então nos enroscamos e dormimos. Às vezes dou uma olhada por cima de nossa caixa, e vejo outras formas iguais a MAMÃE. Descobri também um animal enorme, muito estranho, que MAMÃE chama de “A Pessoa”.

Caminhar agora é fácil, e já consigo sair da caixa, antes que “A Pessoa” me apanhe. Já não tenho mais tanto medo dela porque algumas vezes ela me pega no colo, conversa comigo e me acaricia.

Outro dia, “A Pessoa”, a quem MAMÃE quer que chamemos também de MAMÃE, apanhou-nos todos e nos colocou dentro de uma caixa, que foi posta dentro de outra, muito maior, que fazia muito barulho e chacoalhava demais. Ficamos todos enjoados e choramos muito. De repente, tudo parou, nossa caixa foi retirada e estávamos num quarto com “Outra Pessoa” que nos olhava fixamente.

Fomos retirados um a um da caixa, apalpados, revirados e espetados com algo que nos fez chorar e gritar. Quando chegamos em casa, MAMÃE disse que estávamos crescendo, e que a “Outra Pessoa” era um veterinário, que examinava nosso estado de saúde.

Ando muito assustado. Ultimamente pessoas estranhas vêm nos visitar, e quando vão embora, levam sempre um dos meus irmãozinhos, que não volta mais. Estou com muito medo que alguém me leve, e nunca mais possa ver MAMÃE.

Hoje MAMÃE me disse que sou especial, um best in show. Não sei o que isso significa, mas estou muito assustado. Sinto-me muito solitário, todos os meus irmãozinhos foram embora.

MAMÃE tirou-me da caixa e me botou numa gaiola, como todos os outros, dizendo que seria minha nova casa. Chorei a noite toda, mas ninguém veio, afinal, fiquei muito cansado e fui dormir.

Acho que vou continuar nesta casa porque nunca mais vieram pessoas estranhas. Não me importo mais de ficar na gaiola, mas gosto mesmo de quando MAMÃE chega em casa e me solta. Ela brinca muito comigo, mas quando faço pipi fora do jornal ela ralha e me chama de feio.

Estou pensando seriamente em fugir! Hoje MAMÃE me colocou em cima de uma coisa chamada “mesa” e eu pensei que fosse outra brincadeira. Aí ela apanhou uma coisa cheia de dentes de metal – escova – e começou a passa-la no meu pelo! Depois me colocou dentro de um buraco frio e jogou um monte d’água em cima de mim. Gritei bastante, mas não adiantou nada. Piorou até! MAMÃE começou a me esfregar com um líquido que fazia uma porção de espuma! Depois de mais água, ela me colocou em cima da mesa, e um furacão quase me derrubou! Ventava tanto que eu mal podia abrir os olhos! Não sei o que andei fazendo, mas certamente estou sendo punido por alguma coisa!

Estou crescendo bastante, e já me enturmei com os cachorros mais velhos. Aliás, eles me disseram que aquele suplício tem algo a ver com limpeza, e MAMÃE faz isso com todos uma vez por semana. Mas eu sou tão limpinho: lambo minhas patinhas todo dia!

Descobri hoje a razão do suplício, digo, do banho! Logo depois de uma sessão dessas, parti com MAMÃE para um lugar muito distante. Que confusão e barulho quando chegamos. Eu nunca tinha visto tanto cachorro junto. Lá fui novamente escovado, MAMÃE me colocou numa guia, e me levou para junto de um retângulo enorme, chamado “pista”. Havia uma porção de Lhasas, da minha idade, e todos estavam tão assustados quanto eu. No meio da pista, havia um homem muito grande, que cochichava o tempo todo com uma moça, que fazia umas anotações. Eu esperava ansiosamente que ninguém prestasse atenção em mim. Mas MAMÃE logo me colocou em cima de uma mesa, e o homem veio em minha direção. Eu tinha certeza de que ele iria me machucar, e fiz pipi na mesa, mas o homem falava gentilmente comigo e dizia que eu era bonito, e me examinava como o veterinário. Todos os meus companheiros também subiram na mesa, um a um, e eu começava a me divertir quando o homem apontou para mim e gritou: “Primeiro lugar”. Deve ter sido alguma coisa boa porque MAMÃE ficou muito contente.

Desculpe-me, diário, por ter deixado passar tanto tempo sem falar com você, mas as coisas aconteceram depressa demais: Estou participando de muitas exposições e agora sei que “Primeiro lugar” é algo muito bom. Tenho viajado muito com MAMÃE e ela está contente comigo. Às vezes não ganho o “Primeiro lugar”, mas aí MAMÃE diz “amanhã será outro dia”. Também às vezes não estou com vontade de fazer o que ela me ensinou, mas então me lembro como ela fica contente, e assim procuro fazer tudo direitinho.

Mais uma vez diário negligenciei você durante muito tempo. Agora os dias são muito parecidos e se misturam na minha lembrança. As exposições acabaram e estou contente com isso. Só tenho vontade de dormir e não gosto de ser perturbado. Nada me dá mais prazer do que ver minha garotada brincando, enquanto me esquento ao sol. Meus ossos doem, e em alguns dias meus movimentos ficam muito doloridos. Sempre sinto dores quando me movo bruscamente. MAMÃE ainda gosta muito de mim e me chama de “meu querido”. Já não consigo ver à distância, mas sempre acho MAMÃE pelo olfato. Este deve ser meu último registro porque estou com muita dificuldade para escrever e não consigo mais enxergar...